Canceriano tem dessas coisas de sumir, de entrar na carapaça por não sei quantos dias e depois reaparecer abrindo a torneirinha de asneiras, como dizia o Monteiro Lobato. E tem também o péssimo hábito de ser nostálgico. O nativo de câncer vem ao mundo pensando em como era bom o útero, vira adolescente amando a infância, cresce e... bem, continua amando a infância do mesmo jeito. Tem hora que parece preso, amarrado no passado, igual burro quando empaca. De repente dispara, cisma de arrumar tudo, revira a vida do avesso para, no fim, pensar que era melhor voltar a ser como era. Calma, não vou engordar. Nem desistir de nada, não agora.
Porém o fato é que eu estou vivendo um paradoxo. Nunca pensei que fosse tão difícil comer! E, por favor, quando eu digo comer não me refiro a um prato de lasanha que sozinho tem metade das minhas calorias obrigatórias. Selecionar o que comer em um self-service é muito mais fácil quando você tem de seguir uma rotina espartana. Enche-se o prato de verde, uma colher de arroz e outra de feijão, uma carne e fim. Faz-se variações com base nisso.
Agora a minha dieta é tão farta, e tem de atender a uma certa quantidade de requisitos (leia-se: me dar fora para aguentar a academia sem cair duro), que fico perdido na hora de pensar o que colocar no prato. Canceriano é um eterno insatisfeito. Reclama da falta de comida, depois reclama que a comida está sobrando. Igual mulher, que não sabe se enrola ou se estica o cabelo...
Recordando um pouco mais, dei para ouvir músicas do meu tempo de adolescente. Isso fica para o post de amanhã.
terça-feira, 28 de abril de 2009
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