sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

50:1

Algum tempo atrás escrevi nesse blog que uma das razões que me levaram a emagrecer foi a falta de roupas GG no mercado. Não que não existam, afinal loja especializada em roupa para gordo é fácil de achar no Barro Preto. Ou no Brás, já que agora inventei moda de comprar roupa em São Paulo quando viajo para lá. É aquela coisa: ter tem, mas as mais legais são sempre M (se é que um dia vou vestir M de novo), no máximo G. Eu pulo a prateleira do P, ela não foi feita para minha ossada.

O que ainda não contei é que, num surto de "assumir o peso" que tive do meio para o fim de 2008, peguei todas as roupas que não serviam e doei. Ou seja, hoje, no meu armário, só tem roupa que servia em mim a 9 kg atrás. Inclua aí as peças que uso para ir à academia. Tudo GG. De menos uma calça 46 do Ronaldo Fraga que fiquei com dó de dar.

Como a calça dita cuja já serve, imagine como tenho andado molambo, usando jeans 48 apertados com cinto (no dia que esqueço o cinto é ótimo: passo o dia levantando roupa). Um verdadeiro saco de batatas, tudo folgado. Só que conheço bem os percalços dos processos de emagrecimento, e não vou tomar nenhuma atitude imediata. Primeiro porque estou na metade da primeira meta. Depois porque não tenho tanto dinheiro assim para investir em roupa por enquanto.

Mas, se eu quiser mesmo frequentar as aulas de rpm, pelo menos por lá vou ter de dar um jeito. Fiquei sabendo hoje que até roupa específica para a atividade tem, com enchimento na bunda e tudo (fora que a Carol já me acenou com um assento de silicone). E eu lá João Calça-Larga, tentando me equilibrar na bicicleta, com pano sobrando para tudo que é lado. Por falar nisso o dérrier ainda dói. Espero que passe até terça.

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

49:1

Quando assinei o contrato com a Corpore, lá estava escrito que eu poderia frequentar a academia, pelo período de um ano, em todo e qualquer horário em que ela estivesse aberta. Assim como praticar toda e qualquer atividade oferecida, obedecendo obviamente ao quadro de horários do lugar. Também me deram uma escala com a lista de atividades: power jump, body pump, body step, body attack e rpm – um monte de nome em inglês que eu até hoje não sei tudo o que significa (preguiça de procurar no google). No dia especificamente que eu me matriculei vi a salinha de ginástica, onde acontecem todas as aulas, mas nunca tinha entrado. Até hoje.

Obviamente o povo promete tudo o que pode para te fazer assegurar a matrícula (apesar de que o que me segurou lá mesmo foi o preço – me disseram que esse tanto de aula de ginástica "não serve pra nada"), mas é lógico que existem certas coisas que necessitam um mínimo de condicionamento físico, que eu não tinha. É o caso do rpm que, como já comentei, resolvi encarar hoje pela primeira vez. Para quem não sabe, rpm é um nome aviadado que deram para o spinning. Como nunca fiz o segundo, não sei a diferença.

Cheguei na academia, falando que queria fazer a aula, a moça disse para eu marcar uma bicicleta com a garrafinha (squeeze), obedeci. Mesmo faltando mais de uma hora para a coisa em si começar. Desci, troquei de roupa, alonguei, cumpri a minha rotina de musculação sem pressa (faltam cinco sessões de cada série para eu mudar o programa – em breve mais dor em pontos até então desconhecidos do meu corpo) e fui lá para a sala de ginástica quando deu a hora.

Fato 1: as bicicletas ficam num canto da sala, e adivinha quem carrega as benditas para o centro? O aluno, claro! Mas elas têm rodinhas, basta você tombar que dá para arrastar mais fácil. Descobri isso porque uma alma caridosa me contou, senão eu estava pagando mico de carregar bicicleta no muque e achando um absurdo aquela coisa ser tão pesada.

Fato 2: eu era o único calouro da sala. Mas me virei bem com o ajuste da bicicleta (baixinho sofre), mesmo achando um pouco desconfortável e estando até agora com dor na bunda. Deve ser por isso que 20% dos alunos carregam uma capa para assento.

Tudo arrumado o professor entrou, cumprimentou todo mundo com aquele pique que não sei de onde tira e começou a sessão de tortura. Meu deus o que é aquilo... Transport? Peitoral voador? Nada! Deveria ter ambulância na porta da academia para carregar a gente direto ao HPS, tomar soro na veia depois.

Fato 3: rpm é nada menos que pedalar dentro de uma boate. Com música alta e o professor gritando um monte coisa que você não entende, mas imita o colega da frente e acha que está fazendo certo. Depois de um tempo aquela loucura fica parecendo viagem de ácido: você simplesmente deixa de sentir qualquer coisa, para de pensar, ligam aquelas luzes estroboscópicas que transformam tudo em câmera lenta, a música aumenta o volume, e tudo o que você consegue fazer é pedalar, pedalar, levantar pedalando, sentar pedalando, imitar o colega, vamos correr, vamos acelerar, sobe o peso, e a música comendo solta e você acha que em algum momento vai cair duro no chão. Até que, quando parece que vai acabar, o professor grita: "estamos no meio"!

Juro que pensei em desistir. Só que a Camila queria ler o texto sobre o rpm, então fui forte até o fim. Até porque no fim, quando você se entrega, deixa de raciocinar sobre o que está acontecendo e simplesmente "curte a viagem" (álcool, drogas... para quê, não é mesmo, minha gente?), a aula fica boa. E foi justo isso: mesmo com muita dor na bunda, quando comecei a me acostumar com a ideia a coisa acabou. Os 45 minutos demoraram a vida para passar, mas aula em si foi bem rápida. Paradoxos.

Fato 4: o melhor é o final, está todo mundo com aquela cara de esgotado e vem um alongamento ótimo... Para deixar a gente em dia e voltar com as cadeiras para o lugar. E com as bicicletas também, afinal, se o aluno tira, o aluno guarda.

Acho que agora, no começo, vou fazer uma vez por semana, até acostumar ou ter um piripaque de vez. Depois, gradativamente, subo a carga. Agora vou dormir, e torcer para acordar a tempo do trabalho. Até amanhã...

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

47 + 48

Ontem fui ao Eddie a primeira vez esse ano. Aproveitei o carnaval para dar uma chutada de balde em horários e em todo e qualquer tipo de disciplina. O que inclui acordar às onze da manhã (para quem não passa das oito e meia na cama isso é muito tempo), alterar os horários de refeição, suprimir refeições, comer pizza, enfim, tudo aquilo que é excelente para detonar de vez qualquer regime.

Lá uns amigos perguntaram qual é a maior mudança que o processo todo tem me trazido (fora a perda de peso) e é com certeza as alterações de humor. Segundo a astrologia eu sou canceriano com ascendente em touro, e nessa idade já era para eu ser mais touro que câncer. Tirando o tipo físico (rá rá rá), continuo canceriano ao extremo, com oscilações de humor típicas de adolescente e de mulher grávida. E olha que teoricamente eu tenho uma dosagem diária de 20mg (2 x 10mg) de fluoxetina para ajudar a amansar.

Tudo é motivo para descompensação emocional, de chegar em casa e não ter ninguém, de achar a pia suja depois de ter largado tudo arrumadinho, até o alarme que disparou no prédio comercial vizinho em pleno domingo de carnaval e até hoje de manhã continuava tocando sem dar sossego. Eu dormi de domingo a quarta ao som de uma sirene, e se os chineses ainda torturam alguém já devem ter trocado a gota d’água na solitária por um alarme de carro há tempos.

Mas no geral (fora a sirene) o carnaval foi bom, mesmo eu não tendo terminado o livro que queria, nem a primeira temporada de Betty. Estou bem disposto, e pronto para, amanhã, enfrentar um novo desafio: a aula de RPM. O professor não se chama Paulo Ricardo, a propósito.

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

46:2

Por coincidências econômico-financeiras, e também por conta da minha cachorra mais nova, já é o segundo carnaval seguido que passo em BH. Antes desses dois (2008 e 2009) eu tive uma experiência meio que desastrosa no Rio de Janeiro, a qual fiquei preso na Barra da Tijuca com um grupo de paulistas que só queriam saber de restaurante, e terminou comigo num táxi, ligando para amigos da cidade, e chorando no lugar mais lindo do mundo em minha opinião – a Quinta da Boa Vista.

Afora os contratempos sou um cara que gosta de carnaval. E como gostar de carnaval entenda-se as músicas, o samba, a alegria e as caras boas das pessoas. Exclua pancadaria e confusão, mas pode adicionar cerveja (esse ano não – levo dieta a risca, principalmente quando eu estou pagando caro por ela).

Uma das coisas que mais gosto no carnaval do Rio é ir para a Cinelândia à noite, e ver os shows dos velhinhos. Quem foi sabe o que estou falando. Pegam aquele tanto de gente que a gente acha que já morreu (mas não morreu), metem eles num palco para cantar e é aquele tanto de marchinha antiga, que a gente ri canta dança e se diverte. Gosto disso. E gosto do público que vai nesse tipo de evento, de crianças a senhoras idosas, muita gente fantasiada. O Rio tem essas tradições.

Aí que alguém da UFMG (dou um braço se não foi ideia da vice-reitora) teve o insight de fazer o mesmo aqui em Belo Horizonte... Juntou o que chamaram de velha guarda do samba, puseram uma estrutura de som, um barzinho no fundo, e chamaram de "Carnaval à moda antiga". Clique aqui para ver o flyer. Eu me interessei pela coisa, fica a três quadras de onde estou, R$10 de entrada, fui. Estava vazio (se tinha 200 pessoas era muito), divertido e muito bom. Tanto que repito a dose às 20h dessa segunda, sem medo.

Estavam lá todos os elementos que gosto em carnaval: marchinhas, crianças fantasiadas, todo mundo dançando sem a preocupação de "pegar" alguém, diversas senhoras idosas felicíssimas, passeando no meio do povo e se divertindo como todo mundo, e uma saudade gostosa dos antigos bailes de carnaval no clube na minha cidade, nos tempos em que meu avô era presidente, e, no final da festa, me puxava pelo salão, eu assentado num bolo de serpentina...

42 + 43 + 44 + 45 + 46

Promessas se quebram com o vento, principalmente de madrugada quando você dormiu a tarde toda e quer dar um tempo no que está lendo (volume dois dos reis malditos, mas vou dar um tempo entre o 2 e o 3 para ler o eclipse, que já comprei). Eu tinha dito que ia viajar e ficar longe de computadores e afins. Viver mais normalmente, tentar tomar um sol...

Acabou que não fui para minha casa (a casa da minha mãe) como eu queria, e estou tirando o tempo do carnaval para uma pequena reclusão. Em casa com cachorras, claro, além de uma pequena maratona Ugly Betty que, depois de tanto falarem, baixei a primeira temporada e já vi 13 dos 23 episódios. A segunda temporada (18 episódios, um dia entendo a conta louca desses roteiristas) já está na fila do torrent, e com mais um ou dois feriados em casa consigo colocar a série em dia (vai até a 3, não é, Carol?). Ok, gostei, só que eu prefiro ver as coisas assim: pego tudo e vou assistindo em sequência, não sei como tem quem dê conta de sofrer semanas esperando o fim daquilo. Que, como toda série americana, termina meio "no ar"... Enfim.

Esse vai ser um post quase-longo, vou escrever sem revisões e ver onde paro. Depois volto, apago metade do que não interessa, e faço algo mais bonitinho. Ou não. Pena que não postarei bêbado tão cedo por aqui (sem beber desde 10 de janeiro...), costumava ser divertido no dia seguinte. Isso, claro, quando eu ainda tinha 22 anos.

Em primeiro lugar fui ao açougue e descobri que fígado de galinha vem sim em embalagem separada. Não que eu nunca tenha comido fígado, mas, convenhamos, cada bicho tem um fígado só, e nunca que tinha passado pela minha cabeça que alguém tivesse a ideia de vender aquilo em um pacotinho de um quilo (nunca tive restaurante na vida, lembrem-se). Comprei congelado (R$ 2,50), o moço do açougue perguntou se era para eu por na farofa; fiz uma cara de que não era bem isso, e ele veio com o "um figuinho (sic) é ótimo para fazer tira-gosto mesmo, tomar umas..." Ele estava tão feliz falando isso que eu em vez de retrucar "não, meu filho, eu estou sem beber, isso é para dar para cachorro mesmo" deixei o cara lá achando que estava ajudando mais um cachaceiro a ser feliz no carnaval de BH.

Agora, como a coisa fede, meu deus... Um sozinho ali no meio do frango ainda vai, mas juntar aquele mundo de fígado cru (um quilo é coisa demais, ninguém tem noção até virar o pacote todo) e colocar numa panela para aferventar meio que transformou a cozinha numa filial do inferno. Pior: foi eu botar os miúdos na panela e caiu aquela chuva forte, de ter de fechar todas as janelas, e o cheiro espalhando pela casa, eu fazendo cara de enjôo e as cachorras completamente alucinadas, dando pulo de meio metro tentando alcançar o fogão.

Segundo o livro que ganhei de aniversário de meus amigos (cães são de Marte, donos são de Vênus), os cães têm preferências olfativas muito diferentes dos humanos (o que é lógico). Para eles "rato morto" é muito mais cheiroso que "Chanel n. 5". Na verdade, ocorre é justo o contrário: o perfume para eles é um fedor desgraçado (motivo pelo qual eu quase nunca deixo passarem perfume nas cachorras na pet), e rato morto é o crème de la crème canino.

Passado um tempo, cheiro acabado, fiz um figadozinho amassado com ração úmida para as duas (paga a língua, Belico), e para a Vicky entrou comprimido e gotinhas de remédio no pacote. Comeram felizes e eu estou satisfeito que a Vicky não vomitou (a contrário do que aconteceu antes, que dei só a ração úmida + remédios). Mas se me servirem fígado de galinha nos próximos 60 anos, mesmo com pinga, não vai descer.

Vou parar por aqui nesse post para não misturar assuntos. Só que já volto, ainda de madrugada, para falar de carnaval.

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

41:1

De vez em quando a gente envereda pelo caminho das sobremesas light. E ali do lado vende o Kibon Carte D'Or (120 ml, sabor framboesa, zero gordura). 33 calorias. Isso mesmo, eu não sei como fizeram nem quero saber, mas o sorvete que tomei depois do almoço conseguiu ser mais leve que a barrinha das 5 da tarde. E como eu amo sorvete...

Aliás estou com vontade de juntar um tanto de gente lá em casa e comprar um pote de sorvete da Kibon. Só para ver se eu ganho o Wii. Porque se for esperar eu ter dinheiro para isso vai demorar muito. Ah! Pessoas ricas, se quiserem, podem me dar um Wii de presente de aniversário. Em julho, logo chega.

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

39 + 40

A Vicky está com anemia e a médica receitou fígado de galinha. Isso me lembra que, independente de ração, soluções alternativas ainda figuram como opção barata (fora, claro, os R$68 em remédios alopáticos que comprei ontem).

Agora vou ter de fazer aquilo que vivo gozando a minha mãe: cozinhar para cachorro. Porque, claro, eu perguntei: "dá o fígado cru, doutora?" E ela: "ah, dá uma 'aferventadinha' antes". Só faltou passar receita, com tempero especial e tudo o mais. E como em casa de cachorra doente as duas comem, Wendy (que está saudável) vai passar muito bem por quinze dias.

Em tempo: nunca, jamais, em tempo algum cogitem me dar o livro Cozinha para cães como presente de aniversário. Obrigado.

Mudando de assunto, hoje achei um link com etiqueta para academias de ginástica, na globo.com. Quem quiser ler basta clicar aqui, depois comento (mesmo).

domingo, 15 de fevereiro de 2009

38:1

Todas as vezes que eu ouvia falar em Maurice Druon eu só me lembrava de um livro que li na escola, O Menino do Dedo Verde. Qual não foi a minha surpresa ao saber só agora que o distinto senhor escreveu uma série em sete volumes chamada Os Reis Malditos. É romance histórico clássico, com direito a fogueira, intrigas palacianas, envenenamentos e tudo o mais; e que conta a história dos acontecimentos que, de uma forma ou de outra, iriam dar origem à Guerra dos Cem Anos, entre França e Inglaterra. Publicada (a partir da versão revista, de 1965) aqui no Brasil pela Bertrand, a série tem ocupado as minhas horas de folga. Vale muito a pena ler.

(Ué, gente, desde quando um blog de regime não pode falar de livros?)

sábado, 14 de fevereiro de 2009

37:1

Sábado de manhã é o melhor dia para se pesar. Isso porque você dorme, vai ao banheiro quando acorda, toma um café da manhã leve, está meio cansado da semana e até mesmo um pouco desidratado (o que é perfeitamente normal e a gente repõe durante o dia). Então, somando tudo isso, a balança te prega um susto e registra um peso muito louco. No caso, 93kg. Ou seja, do começo para cá já foram sete quilos perdidos.

A Carol quer saber como estou, e eu estou normalérrimo, já adianto. Nem dá para reparar muito. Acabei de tirar umas fotos, e vou postar sem edição nenhuma, no melhor estilo mug shot. Preparados para o antes e depois?

Clique aqui e veja o "antes". Dia 10 de janeiro 09.

Clique aqui e aqui e veja o "depois". Dia 14 de fevereiro 09.

Ainda não tive coragem de pegar a fita métrica e ver quanto de cintura já foi.

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

36:1

Trigésimo-sexto dia e as pessoas começam a comentar a diferença. Hoje vesti uma calça 46 que tenho no armário (uso 48, mas mamãe dá barra na calça sempre) e serviu. Fechou bonitinho. Semana que vem vou usar ela. Eu não "emagreci" muito mais, não no sentido de perder peso, mas parece que o corpo está começando a chegar no lugar, a pança diminuir, essas coisas. Só estou com medo de ficar "fortinho". O que é paradoxal.

Com meu tipo físico, ficar fortinho (com hipertrofia) ia ser muito fácil. Mais fácil que para aqueles meninos magrelos de perna fina que frequentam a academia e ficam lá puxando rios de peso para ganhar músculo. Mas eu não quero, não combina comigo e ficarei feliz com o corpo de gente normal. Sem gominhos.

Notícia chata do dia: a veterinária ligou e disse que Vicky tem anemia. Tirando a facada que vou levar segunda-feira comprando antibióticos, o que me preocupa é de onde essa anemia surgiu. Ela disse que pode ser um quadro de babésia (uma doença transmitida por carrapatos), que é na minha leiguice algo mais grave do que deveria. Mas é tratar e esperar para ver.

Daqui a três meses eu e Vicky faremos novos exames de sangue.

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

35:1

Estudante de Educação Física deve ter sadismo como disciplina na faculdade, só pode. Estava eu, todo felizinho que completei dez sessões de cada ficha na academia (tenho duas fichas a cumprir: cada dia uma), já me acostumando com peso das coisas, o corpo todo sem doer, enfim, paraíso na terra. Daí que...

O professor que me orientava saiu. Não sei se pediu demissão, se mandaram embora, ninguém me explicou e eu também não perguntei. Sei que na sexta eu fui, e quando cheguei nessa segunda agora ele simplesmente tinha saído. E um estudante de Educação Física (que já trabalha na academia a algum tempo) "me" assumiu. Ou seja, ele é que o meu novo orientador, professor, carrasco, sei lá.

A primeira atitude do sujeito foi subir o peso de (quase) todos os meus aparelhos. O que quer dizer que sim! Elas voltaram! Minhas amigas dores musculares estão aqui, firmes e fortes, para me lembrar que puxo ferro... e dói. A minha restrição específica foi com relação ao peitoral voador. Eu não deixo e ele não vai subir o peso daquilo, agora que eu estou conseguindo enfim terminar o exercício sem fazer cara de câmara de tortura. Pelo menos não por enquanto.

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

34:1

Hoje foi o dia de retornar à médica do posto de saúde, para mostrar os exames que fiz em janeiro (e logicamente não condizem mais com a realidade). Ouvi, entre outros puxões de orelha, que o meu fígado começa a dar sinais de que não suporta a gordura abdominal acumulada, e mais tarde isso pode virar uma cirrose (!!!). Daqui uns 20 anos, mais ou menos, se não cuidar. E também que as triglicérides altas indicam que daqui a 5 anos (menos tempo, portanto) eu posso desenvolver um quadro de diabetes tipo dois, que tem a ver com o peso.

Aí depois de todo esse festival de gentilezas (se vocês vissem essa médica não acreditavam: é uma moça novinha, super simpática, e diz essas barbaridades como se contasse que vai chover), ela me deu uma receita de um composto de fibras que posso eu mesmo fazer em casa, e deve ajudar a controlar o apetite (não bastasse a sibutramina). Vamos à receitinha da Dra. Juliana:

200g de farelo de trigo integral
200g de aveia integral
200g de soja em pó integral
200g de linhaça amarela

Misturar tudo, torrar por 15 minutos (no forno a 180 graus). Bater no liquidificador, sem água, até virar um pó. Guardar o pó. Misturar duas medidas (colheres de sopa) do pó em líquido (pode ser chá, leite, iogurte, até feijão ela disse que pode) e tomar duas vezes ao dia.

Meu medo é só que esse tanto de fibra em pó faça o meu intestino, que já tende a me fazer visitar o trono mais de uma vez por dia, desandar de vez e eu vire novamente o menino-planta, só que com prescrição médica.

Para encerrar a visita ao posto de saúde fui perguntar sobre a vacina de febre amarela (não tomava desde 1993) e atualizei a dose. Daqui dez dias o mosquito pode me morder à vontade que só pegarei dengue. E como injeção sempre vem acompanhada, descobri que a vacina de tétano estava atrasada, e saí, além do furo no braço, com uma agulhada na bunda que está doendo até agora.

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

30 + 31 + 32 +33

Não adianta: se eu me emociono (a ponto de querer chorar) quando vejo a propaganda do adotar é tudo de bom, não seria diferente com as minhas cachorras. Vicky está mesmo com uma infecção uterina, e teremos de castrá-la, após umas sessões de antibióticos. Independente do quanto gastei com isso (e do quão pobre passarei o carnaval), faria tudo de novo. Tive de lidar com uma certa culpa por tê-la posto para cruzar. E isso me deixou bastante deprimido para ficar lidando com metas simples, como regime e querido diário. Porém, como tudo tem um lado bom, não fosse a cruza eu só ia acabar descobrindo a infecção tarde demais.

O fim de semana foi todo com elas, como se fôssemos nós e apenas nós. Foi quando eu descobri que a Wendy também está com uma gravidez psicológica (e dei outra surtada). Como dizem que o cão reflete o dono, eu deveria logo dar um jeito de ser pai. Mas pai de gente, e não de bicho. Claro que é diferente, não duvido. E todo mundo tem, não deve ser de todo ruim assim. Só que isso é um projeto para depois que eu voltar da Europa. Ou seja, emagrecer primeiro, Europa depois, aí bebê. Antes não.

Agora que a semana re-começou, e que eu de certa forma já gastei as minhas mágoas e medos e culpas e ansiedades, tudo está voltando aos eixos. Inclusive esse blog, que tem seis seguidores na coluna do lado, e mais uns dois ou três que dão as caras por aqui. Assunto tem. Só que não vou gastar tudo de uma vez, senão depois voltam os títulos em forma de equação.

Só um registro: estou com 94,5kg e a 42 dias sem fumar.

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

29:2

Cheguei do veterinário e aparentemente a Vicky não tem cachorrinhos... apesar de estar com peitinho e leite. A veterinária, pelo exame de toque, disse que a parede uterina dela está muito grossa, o que não condiz com uma cachorra que nunca teve cria. Isso, associado ao histórico da diarréia da semana passada, a levou a crer que pode ser uma infecção uterina. Daí que às 17h30 ela vai fazer uma ultrassonografia para diagnosticar exatamente o que é, podendo inclusive ser mesmo um filhotinho escondido mais pra cima, perto do pulmão. Se for mesmo a tal da infecção a Vicky terá de ser castrada, para evitar maiores complicações futuras.

Deixei lá na veterinária R$165,40 (consulta, banho e ultrassonografia), e comi uma bananinha de sobremesa para me acalmar. Cabeça de gordo é assim, só amansa com doce. Regime de novo só amanhã, por gentileza.

28 + 29

Então acho que depois do fim de semana em que a Vicky perdeu um pouco de sangue ela agora está completamente recuperada, pulando igual a uma cabrita para cima e para baixo, como se nada tivesse acontecido. Invejo essa memória fraca dos cães, que depois que a coisa passa simplesmente esquecem daquilo. E começa tudo de novo, de novo, e de novo...

De qualquer modo daqui a pouco tenho uma visita à veterinária e espero sair com uma resposta, qualquer que seja ela. Mas até eu já desisti de ver filhotinhos em casa por agora. Acho que isso é bom, a natureza é sábia e provavelmente quis me poupar de algum enlouquecimento iminente.

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

22 + 23 + 24 + 25 + 26 + 27

Algumas considerações:

1. Eu não desisti do blog, mas estou esses dias todos sem postar porque "o bicho está pegando", como diriam. Na verdade o post de hoje é mais para não transformar o título em uma equação do segundo grau. Fui inventar de contar os dias, dá nisso.

2. Meu humor está ótimo, desde que comi uma fatia de bolo de aniversário com doce de leite, culpa da festa dos aniversariantes do mês. Mas é verdade: açúcar, definitivamente, relaxa.

3. Um dos motivos do sumiço é que cachorra passou mal, e eu fiquei um pouco longe de internet por esses dias. O outro é trabalho acumulado que precisa ser desovado e no fim do dia o cansaço é tanto que a gente nem lembra de escrever uma ou duas linhas.

4. O peitoral voador ainda continua me matando.

5. Estou há 36 dias sem fumar e definitivamente não tenho mais vontade de acender o cigarro. A corrida na esteira agradece e muito.