Promessas se quebram com o vento, principalmente de madrugada quando você dormiu a tarde toda e quer dar um tempo no que está lendo (volume dois dos reis malditos, mas vou dar um tempo entre o 2 e o 3 para ler o eclipse, que já comprei). Eu tinha dito que ia viajar e ficar longe de computadores e afins. Viver mais normalmente, tentar tomar um sol...
Acabou que não fui para minha casa (a casa da minha mãe) como eu queria, e estou tirando o tempo do carnaval para uma pequena reclusão. Em casa com cachorras, claro, além de uma pequena maratona Ugly Betty que, depois de tanto falarem, baixei a primeira temporada e já vi 13 dos 23 episódios. A segunda temporada (18 episódios, um dia entendo a conta louca desses roteiristas) já está na fila do torrent, e com mais um ou dois feriados em casa consigo colocar a série em dia (vai até a 3, não é, Carol?). Ok, gostei, só que eu prefiro ver as coisas assim: pego tudo e vou assistindo em sequência, não sei como tem quem dê conta de sofrer semanas esperando o fim daquilo. Que, como toda série americana, termina meio "no ar"... Enfim.
Esse vai ser um post quase-longo, vou escrever sem revisões e ver onde paro. Depois volto, apago metade do que não interessa, e faço algo mais bonitinho. Ou não. Pena que não postarei bêbado tão cedo por aqui (sem beber desde 10 de janeiro...), costumava ser divertido no dia seguinte. Isso, claro, quando eu ainda tinha 22 anos.
Em primeiro lugar fui ao açougue e descobri que fígado de galinha vem sim em embalagem separada. Não que eu nunca tenha comido fígado, mas, convenhamos, cada bicho tem um fígado só, e nunca que tinha passado pela minha cabeça que alguém tivesse a ideia de vender aquilo em um pacotinho de um quilo (nunca tive restaurante na vida, lembrem-se). Comprei congelado (R$ 2,50), o moço do açougue perguntou se era para eu por na farofa; fiz uma cara de que não era bem isso, e ele veio com o "um figuinho (sic) é ótimo para fazer tira-gosto mesmo, tomar umas..." Ele estava tão feliz falando isso que eu em vez de retrucar "não, meu filho, eu estou sem beber, isso é para dar para cachorro mesmo" deixei o cara lá achando que estava ajudando mais um cachaceiro a ser feliz no carnaval de BH.
Agora, como a coisa fede, meu deus... Um sozinho ali no meio do frango ainda vai, mas juntar aquele mundo de fígado cru (um quilo é coisa demais, ninguém tem noção até virar o pacote todo) e colocar numa panela para aferventar meio que transformou a cozinha numa filial do inferno. Pior: foi eu botar os miúdos na panela e caiu aquela chuva forte, de ter de fechar todas as janelas, e o cheiro espalhando pela casa, eu fazendo cara de enjôo e as cachorras completamente alucinadas, dando pulo de meio metro tentando alcançar o fogão.
Segundo o livro que ganhei de aniversário de meus amigos (cães são de Marte, donos são de Vênus), os cães têm preferências olfativas muito diferentes dos humanos (o que é lógico). Para eles "rato morto" é muito mais cheiroso que "Chanel n. 5". Na verdade, ocorre é justo o contrário: o perfume para eles é um fedor desgraçado (motivo pelo qual eu quase nunca deixo passarem perfume nas cachorras na pet), e rato morto é o crème de la crème canino.
Passado um tempo, cheiro acabado, fiz um figadozinho amassado com ração úmida para as duas (paga a língua, Belico), e para a Vicky entrou comprimido e gotinhas de remédio no pacote. Comeram felizes e eu estou satisfeito que a Vicky não vomitou (a contrário do que aconteceu antes, que dei só a ração úmida + remédios). Mas se me servirem fígado de galinha nos próximos 60 anos, mesmo com pinga, não vai descer.
Vou parar por aqui nesse post para não misturar assuntos. Só que já volto, ainda de madrugada, para falar de carnaval.
segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009
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