Caso os posts desse blog tivessem títulos no lugar de números, muito provavelmente ali em cima estaria escrito hiato. Então, como uma pequena alusão ao termo, em vez da tradicional equação matemática que abrem os textos depois que fico dias sem escrever, hoje os números chegam entremeados por reticências. Quem me acompanha mais de perto sabe a razão do novo sumiço, porém como as visitas estão aumentando e recebo até pedidos de atualização (um no total), tudo se resume em "muito trabalho".
Faz bem menos de um mês que brinquei com a história do "ir além" – disse que estava escolado – e, por ironia, foi justo o que houve. Fui "além". Quase fui ou mandei alguém "para o além" junto, mas agora deu tudo certo. Passei um tempo trabalhando tanto que a última coisa em que pensei foi sentar e escrever. Minto. Sentei sim, e até elaborei um monte de coisas na minha cabeça. Só que a preguiça batia, fui deixando para depois, depois para mais depois, e nisso se passaram sete dias. Acho que outro hiato desse nível só no meu período de férias, no fim de julho. Afinal, quem atualiza blog quando deveria estar fazendo coisa melhor é só o marido da Sandy. E eu não sou ele.
Como sempre um resumo rápido: estou com 82kg, diminuindo a proporção do emagrecimento e já não achando tanta dificuldade em ajeitar o mundo de comida que tenho de colocar para dentro todo dia. Voltei a dar aulas de inglês, e minha rotina de academia mudou. Agora falho nas noites de segundas e quartas-feiras. O professor de educação física já está aos poucos sinalizando exercícios para a nova ficha (troco no começo de junho), introduziu um novo tipo de abdominal (falo disso em texto à parte depois), e eu realmente estou tendo mais forças para a musculação. Porém nesses dias, muito em função do meu envolvimento emocional com o trabalho, parte do regime foi prejudicada, incluindo aí diminuir a frequência na atividade física e boas escapadelas pós-almoço em forma de barrinhas de chocolate. Claro, dando graças por não ter voltado a fumar.
A questão do trabalho está associada a um grave defeito que tenho: não dou conta de ligar o botão do "foda-se" e deixar a merda acontecer. Tem uma entidade dentro de mim que emerge em alguns momentos; ela simplesmente não aceita que eu deixe deliberadamente algo dar errado, e me transforma em um workaholic obsessivo, depressivo e transtornado. Recebi uma tarefa impossível: fazer um livro sem textos estar pronto em um tempo micro. Como a minha mãe reza muito (não vejo outra razão), e a sorte no lado profissional tem sorrido para mim, o caos foi se delineando, soluções aparecendo, pessoas colaborando, e fez-se algo decente.
O preço que paguei: estou há três noites dormindo cerca de 4h por pura falta de sono, fui alertado de que o meu bruxismo está de volta, assim como a minha descamação no couro cabeludo, vulgo seborréia (eu detesto esse nome, parece doença venérea). Boa parte dos problemas que tinham ido embora durante esse período de regime deu o ar da graça em grande estilo. Mas acabou o trabalho, minha parcela está bastante bem cumprida e até o fim de semana penso que recomeço a me colocar em ordem de novo.
Porque depois que termina uma situação estressante, no meu caso, é que vem a reação. Igual em um assalto. Já tive essa experiência algumas vezes: durante o assalto sou capaz de articular, conversar com o assaltante, tentar resolver a situação na boa. Chega em casa e desabo como personagem de novela mexicana que acabou de pegar o marido com outra na cama. Então, se for seguir a minha ordem natural, passo a quinta e a sexta-feira ainda na ressaca, e no fim de semana renasço das cinzas. Vou aproveitar o dia das mães (que coincide com os três anos da morte do meu pai) para visitar mamãe, vovó e titia. Portanto, como vou viajar, não esperem notícias minhas no fim de semana. Até lá deve ter mais um texto ou dois.
P.s.: Ali do lado tem um selo verde pedindo voto para o prêmio top blog. Eu recebi um e-mail dizendo que o blog estava indicado, que devia me cadastrar e colocar o tal selo por aqui. Sei que não tem prêmio em dinheiro ou nada do gênero, apenas o direito de colocar um outro selo no blog. Para isso, pelo que entendi, devo ficar entre os 100 mais votados na minha área ("saúde"; eu ia inscrever em "humor", mas deve ter muito mais concorrentes), para que uma comissão julgadora passe por aqui e diga se meus escritos são legais. Se você quiser me ajudar, de livre e espontânea vontade, clique no selo. Vai para uma página onde você vota no blog, insere seu nome e e-mail, e recebe um pedido de confirmação na sua caixa postal. Já testei, gasta menos de cinco minutos, e você ajuda a me dar uma chance de mostrar o que escrevo para mais alguém. Então, sem pressão, clica lá!
quinta-feira, 7 de maio de 2009
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Um comentário:
Votei! Com meus três emails. :)
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