Reintroduzi, sob a cautelosa forma de eventos específicos, parte do álcool na minha vida. Afinal ressaca é, segundo a Rosi, sinal de alegria anterior. E descobri que gosto de pinga, cachaça. E vinho tinto. Cerveja não me cai bem mais, uísque é muito forte, vodka é para adolescentes com estômago de avestruz.
Claro que alguém, depois de seis meses, quando volta a beber, dá vexame. Consegui ter amnésia alcoólica com uma garrafa de merlot. Se você, belo-horizontino, me viu gritando por aí no meio da rua, abraçado a postes e árvores, caso tenha filmado, mande para mim. Gostaria de saber como cheguei em casa certo dia.
Verdades à parte, o bom de parar de beber é redescobrir o gosto das coisas, e readaptar o seu paladar àquilo que se realmente gosta. Sem convenções sociais. Até porque, convenção por convenção, fico na minha água com gás e suco de um limão espremido. Dá até para fingir que se está bêbado.
Como não abandonei a fluoxetina, minhas happy-hours e congêneres devem sempre ser planejadas pelo menos no dia anterior. Senão eu corro o risco de subir e tirar a roupa em cima da mesa. Mentira, não tenho corpo para isso. A médica disse que meus pneus só saem com lipo. E como esse blog não dá dinheiro, eu que não vou trocar minha ida à Europa por uma barriga tanquinho.
sexta-feira, 7 de agosto de 2009
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