Ontem, segunda-feira, comentei com meus amigos que faria um texto com as músicas que tenho ouvido na esteira. Isso porque a academia não trocava de repertório desde janeiro, e o mp3 estava salvando minha vida etc. Porém não rolou, ontem eu não fiz esteira. Aliás, ontem, além de não fazer esteira fiquei devendo três exercícios para hoje. Isso porque resolvi voltar às aulas coletivas.
Depois da experiência traumática com a aula de RPM, não tive coragem de continuar aquela loucura. Pelo menos enquanto não melhorasse meu condicionamento físico e tivesse um mínimo de fôlego para aguentar a tortura sem pedir para ligarem para o Samu 192. E, assim como as aulas da RPM, as outras atividades coletivas lá na Corpore são (ou eram) mais elétricas: pula na cama elástica, levanta peso, grita como se estivesse num terreiro de índio e por aí vai.
Agora, acho que para atender a um leque maior de alunos que não querem necessariamente pular igual cabritos no meio de um monte de gente, abriram uma aula de abdominal, seguida de outra de alongamento/relaxamento. 30 minutos cada. Claro que quase morri nos abdominais, não consigo de jeito nenhum jogar a perna pro alto igual o professor. Porém doeu muito, muito menos que o RPM. E ainda foi divertido, e com o tempo chego no ritmo. Essa não vou parar: segundas e quartas a partir das 20h30 tenho compromisso agendado.
Por outro lado, esqueci todo e qualquer problema do mundo na aula de alongamento. Juro que se eu soubesse o quanto ia ser bom tinha contratado um personal trainer só para me dar aula de alongamento todo dia. Estou, claro, com encurtamento muscular, e vai ser um tempo bom para recuperar parte da flexibilidade que um dia tive. E depois da sessão de relaxamento eu desisti de correr, de terminar os exercícios pendentes, de fazer qualquer coisa que não fosse pegar a bolsa, chegar em casa, comer, banhar e dormir.
Daí que a lista de músicas ficou para hoje. Mais tarde, porque ainda não corri.
terça-feira, 7 de julho de 2009
sábado, 4 de julho de 2009
176: 1
Sábado a noite, em casa escrevendo. Não que isso me incomode, afinal mesmo nos tempos em que eu saía frequentemente, sempre dizia que sábado era para amadores. Ainda continua sendo: as ruas estão cheias, você fica parado em um trânsito imenso, pega fila para depois ser mal atendido. Sábado à noite é mesmo para quem gosta de ser mal tratado.
Grilos e pedras a parte, não vou gastar o seu precioso tempo malhando besteira que não vai dar em nada. Hoje quero aproveitar esse meio de texto para desabafar, de uma forma velada. Ninguém além de mim irá entender. Mas tudo bem.
O começo do filme Ratatouille fala que qualquer um pode cozinhar, e desenvolve essa premissa mostrando que até mesmo um rato (no caso, evidente, só o Remy) é capaz de fazer comida. Que agrada ao mais chato dos críticos gastronômicos da época, e confirma, de uma forma meio atravessada que, se você persistir em seus objetivos vai alcançar o sucesso.
Filmes quase sempre terminam quando a luz apaga, e a personagem não tem de administrar o sucesso. A gente não vê (a não ser em biografia de músico) indícios de uma curva descendente, que é o ciclo natural, caras de poucos amigos ou irritacionices afins. Os filmes (assim, bem geral, lembrando que existe um mar de exceções) deixam a vida suspensa no auge, e saímos da sala com a sensação de que tudo pode dar certo.
Mas na vida, quando a luz apaga, a realidade permanece. E com a realidade vem o mau humor matinal, o bom humor matinal (o irritante aqui sofre desse mal, saibam), as contas a pagar, a pia com louça suja, o lixo para por pra fora, a roupa para lavar. Isso para todos. Até para os milionários. Afinal até os milionários precisam de um tempo para “fazer o número dois”.
Como dito, esse é um desabafo unilateral. Eu meio que me decepcionei quando li um texto de alguém, que me pareceu pretensioso demais numa hora ainda errada. Li um texto que me ofendeu. E não é um texto que xinga gordo (sou e sempre serei gordo), e sim um texto, curto, escrito as pressas, que sinceramente era melhor não ter sido criado. Terminei descendo dois degraus na minha escala de admiração (também velada) por essa pessoa.
E esperei, propositadamente, alguns dias para falar sobre isso. Para ficar fora do contexto totalmente. Para ninguém entender. Quem é nunca vai ler. Quem passa aqui em passant vai pular essa missiva enorme. E para quem me perguntar, pessoalmente, eu explico.
Voltando ao Ratatouille, o Remy nunca perde coisas que, para mim, são o que mais me seduzem: a humildade, a simplicidade, a ingenuidade. Nem o bom humor. Eu espero, mesmo, nunca perder isso. E você, que vem cá todo dia, se eu estiver arrogante demais, avise. Temos amigos também para nos colocar em nosso devido lugar.
Um abraço a todos, e andem! É hora de ir para a balada, seus amadores!
Grilos e pedras a parte, não vou gastar o seu precioso tempo malhando besteira que não vai dar em nada. Hoje quero aproveitar esse meio de texto para desabafar, de uma forma velada. Ninguém além de mim irá entender. Mas tudo bem.
O começo do filme Ratatouille fala que qualquer um pode cozinhar, e desenvolve essa premissa mostrando que até mesmo um rato (no caso, evidente, só o Remy) é capaz de fazer comida. Que agrada ao mais chato dos críticos gastronômicos da época, e confirma, de uma forma meio atravessada que, se você persistir em seus objetivos vai alcançar o sucesso.
Filmes quase sempre terminam quando a luz apaga, e a personagem não tem de administrar o sucesso. A gente não vê (a não ser em biografia de músico) indícios de uma curva descendente, que é o ciclo natural, caras de poucos amigos ou irritacionices afins. Os filmes (assim, bem geral, lembrando que existe um mar de exceções) deixam a vida suspensa no auge, e saímos da sala com a sensação de que tudo pode dar certo.
Mas na vida, quando a luz apaga, a realidade permanece. E com a realidade vem o mau humor matinal, o bom humor matinal (o irritante aqui sofre desse mal, saibam), as contas a pagar, a pia com louça suja, o lixo para por pra fora, a roupa para lavar. Isso para todos. Até para os milionários. Afinal até os milionários precisam de um tempo para “fazer o número dois”.
Como dito, esse é um desabafo unilateral. Eu meio que me decepcionei quando li um texto de alguém, que me pareceu pretensioso demais numa hora ainda errada. Li um texto que me ofendeu. E não é um texto que xinga gordo (sou e sempre serei gordo), e sim um texto, curto, escrito as pressas, que sinceramente era melhor não ter sido criado. Terminei descendo dois degraus na minha escala de admiração (também velada) por essa pessoa.
E esperei, propositadamente, alguns dias para falar sobre isso. Para ficar fora do contexto totalmente. Para ninguém entender. Quem é nunca vai ler. Quem passa aqui em passant vai pular essa missiva enorme. E para quem me perguntar, pessoalmente, eu explico.
Voltando ao Ratatouille, o Remy nunca perde coisas que, para mim, são o que mais me seduzem: a humildade, a simplicidade, a ingenuidade. Nem o bom humor. Eu espero, mesmo, nunca perder isso. E você, que vem cá todo dia, se eu estiver arrogante demais, avise. Temos amigos também para nos colocar em nosso devido lugar.
Um abraço a todos, e andem! É hora de ir para a balada, seus amadores!
sexta-feira, 3 de julho de 2009
175: 1
Essa veio direto da newsletter, sem escalas: nove dicas para não errar no sanduíche caseiro. Fim de semana chegando e você não agüenta mais comer aquele arroz, feijão, bife e salada da semana? Um sanduíche pode ser a solução para matar a fome. A melhor opção é fazer seu próprio sanduíche com alimentos saudáveis e apetitosos que não vão tirar você da dieta. Meus comentários, quando os fiz, estão entre parênteses.
1. Evite o fast-food: Esses sanduíches são bastante calóricos com alta quantidade de gordura. Por isso, a melhor opção é fazer seu próprio sanduíche.
(E eu recebo isso assim que chego do Mc Donald's. É, eu fui ao Mc Donald's ontem...)
2. Pão, um grande aliado: O pão substitui a porção de carboidratos de uma refeição tradicional. Escolha os pães integrais eles ajudam na saciedade, fazendo com que a fome demore a aparecer novamente.
(Isso é verdade. E depois de um tempo comendo pão integral você passa a achar o gosto do pão francês ou do pão branco tradicional uma coisa completamente insossa)
3. Sempre acrescente uma carne: As carnes magras são as melhores como, por exemplo, peito de frango grelhado ou peito de peru.
(Essa opção, claro, não conta se você for vegetariano. Nesse ponto a newsletter deveria ter indicado a alternativa de aumentar a dose do queijo. Para quem está de regime, uma fatia "a mais" de queijo é tudo de bom)
4. Queijo, um saboroso ingrediente: Deixe os amarelos de lado e invista nos brancos como cream cheese light. Os queijos são fonte de cálcio que ajudam na saúde dos ossos.
5 Folhosas dão um toque especial: Alface, rúcula, agrião formam combinações saborosas; basta abusar da criatividade.
(Além de terem caloria zero, fazerem volume no sanduba e darem a impressão de que você está comendo uma monstruosidade. Isso, aliás, é recomendação da minha médica. Vai fazer um sanduíche? Capricha nas folhas)
6. Dê um turbo de fibras, vitaminas e minerais: Legumes apresentam baixa quantidade de calorias, aumentam o volume da sua refeição e prolongam sua saciedade.
7. Cuidado com os acompanhamentos: Principalmente os fritos, como as tradicionais batatas fritas.
(Se você está fazendo um sanduíche monstro não vai sentir falta de batatinha, vai?)
8. Atenção ao tempero da salada: Se for temperar a salada evite as gorduras como molhos à base de maionese e azeite.
9. Diga sim aos sucos e não aos refrigerantes: Mesmo os diet ou zero. Os sucos são boas fontes de vitaminas e minerais. Um copo pequeno é o ideal.
(E mesmo no Mc Donald's eu peço suco. Para quem está de dieta: experimente ficar três meses sem tomar refrigerante. Faça uma promessa, sei lá. Depois disso tome um copo. Você vai ver o gosto de água suja e doce que aquilo tem)
1. Evite o fast-food: Esses sanduíches são bastante calóricos com alta quantidade de gordura. Por isso, a melhor opção é fazer seu próprio sanduíche.
(E eu recebo isso assim que chego do Mc Donald's. É, eu fui ao Mc Donald's ontem...)
2. Pão, um grande aliado: O pão substitui a porção de carboidratos de uma refeição tradicional. Escolha os pães integrais eles ajudam na saciedade, fazendo com que a fome demore a aparecer novamente.
(Isso é verdade. E depois de um tempo comendo pão integral você passa a achar o gosto do pão francês ou do pão branco tradicional uma coisa completamente insossa)
3. Sempre acrescente uma carne: As carnes magras são as melhores como, por exemplo, peito de frango grelhado ou peito de peru.
(Essa opção, claro, não conta se você for vegetariano. Nesse ponto a newsletter deveria ter indicado a alternativa de aumentar a dose do queijo. Para quem está de regime, uma fatia "a mais" de queijo é tudo de bom)
4. Queijo, um saboroso ingrediente: Deixe os amarelos de lado e invista nos brancos como cream cheese light. Os queijos são fonte de cálcio que ajudam na saúde dos ossos.
5 Folhosas dão um toque especial: Alface, rúcula, agrião formam combinações saborosas; basta abusar da criatividade.
(Além de terem caloria zero, fazerem volume no sanduba e darem a impressão de que você está comendo uma monstruosidade. Isso, aliás, é recomendação da minha médica. Vai fazer um sanduíche? Capricha nas folhas)
6. Dê um turbo de fibras, vitaminas e minerais: Legumes apresentam baixa quantidade de calorias, aumentam o volume da sua refeição e prolongam sua saciedade.
7. Cuidado com os acompanhamentos: Principalmente os fritos, como as tradicionais batatas fritas.
(Se você está fazendo um sanduíche monstro não vai sentir falta de batatinha, vai?)
8. Atenção ao tempero da salada: Se for temperar a salada evite as gorduras como molhos à base de maionese e azeite.
9. Diga sim aos sucos e não aos refrigerantes: Mesmo os diet ou zero. Os sucos são boas fontes de vitaminas e minerais. Um copo pequeno é o ideal.
(E mesmo no Mc Donald's eu peço suco. Para quem está de dieta: experimente ficar três meses sem tomar refrigerante. Faça uma promessa, sei lá. Depois disso tome um copo. Você vai ver o gosto de água suja e doce que aquilo tem)
quinta-feira, 2 de julho de 2009
174 : 1
Puxando a memória, me veio um conto que não lembro onde li nem de quem ouvi. Na verdade não lembro nada, a não ser que ele se parece com a Bela adormecida, em outra versão. Salvo engano a história não tem final. É a mesma premissa de sempre, porém o personagem aqui é um príncipe, que por alguma razão desconhecida (e provavelmente babaca, sempre achei babaquice do rei não convidar a Malévola), é amaldiçoado por um bruxo (ou bruxa) com a capacidade de ser bem-sucedido em tudo aquilo que tentasse.
À primeira vista parece algo bom, só que, como o príncipe faz tudo com muita facilidade, não consegue se focar em coisa alguma e acaba virando um jovem frustrado e desinteressado. Repito, não sei como termina e o Google, quando citei traços da história, mostrou tanta página de auto-ajuda que desisti. O tema, aliás, é recorrente em casos da literatura (mais à mão, de cabeça, o livro Aos meus amigos tem um personagem com esse perfil e o mesmo drama — e se mata meio que por isso, mas tipo é a primeira página do livro então continua valendo a pena ler) e, pasmem, no meu mapa astral. Há pouco mais de um ano fiz um mapa profissional (pago) no famigerado Personare, que disse assim:
Seu mapa astrológico apresenta uma configuração rara, chamada "locomotiva": os planetas não se concentram em um setor específico. Eles se espalham por todo o mapa, ativando casas diferentes, em distâncias mais ou menos regulares. Esta distribuição sugere, no positivo, que você tem mais talentos do que a maioria das pessoas. É mais livre para seguir a carreira que lhe vier à mente e poderá se destacar em áreas totalmente diferentes. Em um sentido não tão positivo, é possível que você venha a ter muita indecisão na hora de optar por um caminho. Precisa refletir muito, pois vê diante de si uma multiplicidade enorme de possibilidades!
Ou seja, teoricamente eu nasci para fazer o que quisesse (e que a minha mãe não leia isso e insista para que, aos 32 anos, eu dê uma chance à medicina), com chances boas de dar certo. Nem tudo é perfeito, tem umas merdas na parte de ganhar dinheiro (só com muita ralação mesmo, e olhe lá), então vamos pular essa parte. Ainda escrevo de graça. Mas, fora isso, nunca mais trabalho de graça na vida, obrigado.
O fato é que, já dando um direcionamento ao meu objetivo efetivo da coisa, muito por me identificar com a figura do príncipe frustrado, que sabe fazer tudo e ao mesmo tempo não gosta de nada (é um reclamão, diriam alguns, está de barriga cheia e com depressão), e também por me interessar em ver as coisas por outra perspectiva, vejo o erro, o "dar errado", como um grande aprendizado. Concordo com a música perdendo dentes, na qual as brigas em que perdemos é que ficam na memória. Os erros fazem nossas cicatrizes.
Pensando nisso elaborei uma lista de erros meus. Ou defeitos, como bem quiserem, porque não farei exatamente uma confissão de culpa. Vamos à lista:
1. Eu canto mal à beça. E não deixem se enganar, porque eu vivo cantando acompanhando o mp3, me achando. Só que, sim, sou um desafinado de marca maior. Consequentemente, por gentileza, karaokê passa longe de mim.
2. Deixo coisas pela metade. Isso deveria ir lá para o alto, como defeito número um (e justificativa para o post imenso). Vai ficar aqui, camufladinho, porque defeito grande a gente esconde. Tenho um blog morto, um conto inacabado, não me formei em nenhuma das duas faculdades que entrei (abomino a ideia de voltar, diga-se), e alguns livros que parei de ler no meio. Fora, claro, outras coisas mais sérias.
3. Sou péssimo para lidar com dinheiro. A minha vontade, tem horas, é de pegar tudo o que ganho, dar na mão de alguém e dizer: cuide disso para mim. Porque:
4. Gasto demais com bobagens e porcarias de todo nível. Eu tenho zil filmes que não vi, séries que comprei e não terminei (tópico 2...), as roupas procriam em meu armário e por aí vai. E nem adianta as sessões de descarrego do guarda-roupas, porque parece que tem um bicho lá dentro que faz tudo se multiplicar assim que eu esvazio.
5. Sou chato, velho e rabugento. E temperamental. Mas isso não é novidade para ninguém.
6. Sou (ou voltei a ser) muito, muito vaidoso.
Daí que esse blog chegou no meio do que eu propus (ir até janeiro), e está na fase de eu desanimar e chutar tudo para o alto. Principalmente porque hoje mesmo me perguntaram para que continuar sendo que já atingi, mais ou menos, a minha meta. Daí a revisão e o levantamento de defeitos. Porque é com base neles que vou tentar tocar isso aqui. Ainda focando em manutenção e cuidado com a saúde. Mas sem receita milagrosa para perder 20kg em seis meses. Infelizmente não tem, não vende em cápsula.
Agora é o tempo de buscar o equilíbrio: pessoal, afetivo e financeiro. A cabeça de gordo não pensa gordo só para comida. E o tempo agora é de rever as prioridades e "comer menos" fora do restaurante. Se eu chegar no fim do ano uma pessoa pelo menos um pouco melhor do que sou hoje, já é uma vitória. Senão, pelo menos tenho motes de histórias para contar por aqui. E para quem leu en passant que tenho um conto pela metade uma das vontades é continuar a história. Quando ficar pronto posto um link aqui, combinados? Mas sem cobranças!
À primeira vista parece algo bom, só que, como o príncipe faz tudo com muita facilidade, não consegue se focar em coisa alguma e acaba virando um jovem frustrado e desinteressado. Repito, não sei como termina e o Google, quando citei traços da história, mostrou tanta página de auto-ajuda que desisti. O tema, aliás, é recorrente em casos da literatura (mais à mão, de cabeça, o livro Aos meus amigos tem um personagem com esse perfil e o mesmo drama — e se mata meio que por isso, mas tipo é a primeira página do livro então continua valendo a pena ler) e, pasmem, no meu mapa astral. Há pouco mais de um ano fiz um mapa profissional (pago) no famigerado Personare, que disse assim:
Seu mapa astrológico apresenta uma configuração rara, chamada "locomotiva": os planetas não se concentram em um setor específico. Eles se espalham por todo o mapa, ativando casas diferentes, em distâncias mais ou menos regulares. Esta distribuição sugere, no positivo, que você tem mais talentos do que a maioria das pessoas. É mais livre para seguir a carreira que lhe vier à mente e poderá se destacar em áreas totalmente diferentes. Em um sentido não tão positivo, é possível que você venha a ter muita indecisão na hora de optar por um caminho. Precisa refletir muito, pois vê diante de si uma multiplicidade enorme de possibilidades!
Ou seja, teoricamente eu nasci para fazer o que quisesse (e que a minha mãe não leia isso e insista para que, aos 32 anos, eu dê uma chance à medicina), com chances boas de dar certo. Nem tudo é perfeito, tem umas merdas na parte de ganhar dinheiro (só com muita ralação mesmo, e olhe lá), então vamos pular essa parte. Ainda escrevo de graça. Mas, fora isso, nunca mais trabalho de graça na vida, obrigado.
O fato é que, já dando um direcionamento ao meu objetivo efetivo da coisa, muito por me identificar com a figura do príncipe frustrado, que sabe fazer tudo e ao mesmo tempo não gosta de nada (é um reclamão, diriam alguns, está de barriga cheia e com depressão), e também por me interessar em ver as coisas por outra perspectiva, vejo o erro, o "dar errado", como um grande aprendizado. Concordo com a música perdendo dentes, na qual as brigas em que perdemos é que ficam na memória. Os erros fazem nossas cicatrizes.
Pensando nisso elaborei uma lista de erros meus. Ou defeitos, como bem quiserem, porque não farei exatamente uma confissão de culpa. Vamos à lista:
1. Eu canto mal à beça. E não deixem se enganar, porque eu vivo cantando acompanhando o mp3, me achando. Só que, sim, sou um desafinado de marca maior. Consequentemente, por gentileza, karaokê passa longe de mim.
2. Deixo coisas pela metade. Isso deveria ir lá para o alto, como defeito número um (e justificativa para o post imenso). Vai ficar aqui, camufladinho, porque defeito grande a gente esconde. Tenho um blog morto, um conto inacabado, não me formei em nenhuma das duas faculdades que entrei (abomino a ideia de voltar, diga-se), e alguns livros que parei de ler no meio. Fora, claro, outras coisas mais sérias.
3. Sou péssimo para lidar com dinheiro. A minha vontade, tem horas, é de pegar tudo o que ganho, dar na mão de alguém e dizer: cuide disso para mim. Porque:
4. Gasto demais com bobagens e porcarias de todo nível. Eu tenho zil filmes que não vi, séries que comprei e não terminei (tópico 2...), as roupas procriam em meu armário e por aí vai. E nem adianta as sessões de descarrego do guarda-roupas, porque parece que tem um bicho lá dentro que faz tudo se multiplicar assim que eu esvazio.
5. Sou chato, velho e rabugento. E temperamental. Mas isso não é novidade para ninguém.
6. Sou (ou voltei a ser) muito, muito vaidoso.
Daí que esse blog chegou no meio do que eu propus (ir até janeiro), e está na fase de eu desanimar e chutar tudo para o alto. Principalmente porque hoje mesmo me perguntaram para que continuar sendo que já atingi, mais ou menos, a minha meta. Daí a revisão e o levantamento de defeitos. Porque é com base neles que vou tentar tocar isso aqui. Ainda focando em manutenção e cuidado com a saúde. Mas sem receita milagrosa para perder 20kg em seis meses. Infelizmente não tem, não vende em cápsula.
Agora é o tempo de buscar o equilíbrio: pessoal, afetivo e financeiro. A cabeça de gordo não pensa gordo só para comida. E o tempo agora é de rever as prioridades e "comer menos" fora do restaurante. Se eu chegar no fim do ano uma pessoa pelo menos um pouco melhor do que sou hoje, já é uma vitória. Senão, pelo menos tenho motes de histórias para contar por aqui. E para quem leu en passant que tenho um conto pela metade uma das vontades é continuar a história. Quando ficar pronto posto um link aqui, combinados? Mas sem cobranças!
quarta-feira, 1 de julho de 2009
166 + [...] + 173
Por vezes não acredito que dormi e acordei em julho. Esse tempo mais frio (que para mais da metade do planeta é, na verdade, meia estação) me deixa mais introspectivo, mais reflexivo e infinitamente mais preguiçoso. Até para dormir, diga-se. Enfim, depois de uma semana ou duas de rolamento e adiamento, consigo ter uma noite de sete horas de sono sequencial. Mais quatro dias assim e poderei dizer que voltei a dormir direitinho.
Tenho fases, lembram-se? Fase de dormir pouco, geralmente associada a uma rotina de trabalho mais puxada, e um tempo logo após (a famosa ressaca); fase de dormir muito, quando eu geralmente perco a hora, principalmente nos dias frios em que a cama grita pela minha companhia.
E na montanha russa emocional em que me meti, alterno humores. Hoje estou um doce. De pimenta.
Tenho fases, lembram-se? Fase de dormir pouco, geralmente associada a uma rotina de trabalho mais puxada, e um tempo logo após (a famosa ressaca); fase de dormir muito, quando eu geralmente perco a hora, principalmente nos dias frios em que a cama grita pela minha companhia.
E na montanha russa emocional em que me meti, alterno humores. Hoje estou um doce. De pimenta.
Assinar:
Postagens (Atom)